
Elegia ao suor
Eu chego, me calo
Deito-me na cama
Esvazio a cabeça
Você passa do lado fingindo indiferença e entendendo o que passo
Preparou o conjunto de peças de roupas pra desafiar o meu olhar:
Sempre perco
Num ato sem culpa
agarro tuas coxas, te faço boneca, te jogo pro alto como trapezista de circo.
Procuro teu seio buscando a energia que perdi durante o dia
Vejo a gota de suor que escorre da tua testa que desce o pescoço
Procuro tua boca nervosa onde vaza a saudade de um dia inteiro sem se ver
A língua percorre espaços que são sempre novos diante de um homem afoito como eu
Esqueço da briga passada que eu havia prometido a mim mesmo pedir desculpas
Depois que tudo termina permaneço quieto te cheirando sentindo calor
Escuto teus últimos sussurros de amor
Te olho novamente com olhos quietos felizes
A verdade é que não te perco nunca
A verdade é que não dá pra dizer
A verdade é que já sei como
Nem sempre precisamos
Nos falar ou calar
A verdade é que
AMO-TE
vero
2 comentários:
Cara muito 10 esse poema.
É seu?
Apesar de ainda me "corar a face" quando leio este poema, posso dizer com autoridade que entendo perfeitamente o que diz...AMO-TE...SEMPRE
ps: E a título de crítica literária, este é um dos seus melhores meu amor, mas publique também os outros.
Ósculos faciais e labiais
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