domingo, 13 de abril de 2014

Sorte ou Azar?


Fazia algumas semanas que eu não há tirava da capa. E desde segunda feira estávamos mais apegados por um motivo especial. Dedicando o pouco tempo livre que tenho durante a noite para criar junto a ela. Pois sim, era a despedida. E a cada dia crescia e eu não percebia o gesto de adeus. E no fim de cinco dias. Quando eu já me envaidecia do trabalho que levei. Era a hora de mostrar, plugar e espera opiniões. Subimos em duas rodas, tu colada nas minhas costas, no calor dentro da capa. O calor que sufocava o seu grito de adeus. Na velocidade da ansiedade, corria cada vez mais. O barulho do motor abafava seus gritos. E ventou forte, tão forte  que quase fui com você. quase preferi ter ido. Nosso cordão de prata.Essa ponte que todos atravessam. Essa vida em mão única, não me deixa parar. Te passam por cima com um caminhão. Um dia será minha vez. Todos tem sua vez. A nossa vez é a que menos dói. Adeus Guitarra.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Hay Kay


Na porta da vida
Encontrei a morte
Muito bem vestida

sábado, 17 de agosto de 2013

Morver-te depressa

Mover-te animal
Mover-te depressa
Depois do café
Veremos a água que atravessa
ou o gelo caindo
Não posso te carregar na costas
Moldado na pedras,
no lombo dos bichos
Precisa aprender mais sobre mim,
Sobre meu trabalho e meu viver
Irmãos e Hermanos
Precisam se entender

sábado, 10 de agosto de 2013

O Normal

Resquícios de guerras
Cronicas com temas do passado
É fácil falar do erro do outro
Que errou faz muito tempo
Flores mortas, telhados quebrados
Um império completo feito em ruínas
Com a chegada da pólvora
Tudo mudou
Ver o belo no que foi triste
Ver que o esforço não valeu de nada
O tempo destrói muros e calçadas
Que seus filhos não poderão desfrutar
Mas seu povo ainda existe
Está em cada movimento
Cada fio de cabelo
Cada força de vontade
E no modo de pensar
Reconheço tuas cores
e o que se construiu
Não se muda o passado
Traz-se a tona a verdade
Para que de toda a parte
Vejam o povo do Brasil


domingo, 4 de agosto de 2013

Decima

É azul, é branco, é mar
Embaixo azul, encima branco  
Vejo o mar, e o céu
O branco eu sei que é nuvem
O azul nem sempre é mar
Pode ser céu
Acima do azul e do branco
É mais escuro
Será mar ou céu?
Não importa
É azul, é céu, é mar



terça-feira, 25 de junho de 2013

País do desigual

Nós somos vagabundos
E não estamos do lado de vocês
Jogando na fogueira pistola e capacete
Concreto é um pensamento e cada vez
Levante um cartaz com um dizer e amor e humor
Que eles não vão achar graça
E diz ser por pouco
Mas seu pouco é muito
É tudo que eu preciso
Enquanto um carro pega fogo
O calor derrete sua mascara que ri
A bola rola no país do Carnaval
E sua cabeça no país do desigual
Sem vaga, sem aula,
Sem sangue ou exame