quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sem Culpa


Anda feliz e se emociona toda vez que a vê.
Quando a tem não se importa com mais nada.
Respira sempre fundo quando fala,
E quando se separa, conta horas para rever.

O vício que o acompanha é sempre ativo,
Existe em sua alma de menino.
Não sabe o que é viver sem ter por perto
Um pouco da quimera como instinto.

Assombra na noite com ratos e baratas.
Pula muros, buracos e poças d’águas.
De dia é menino com pupilas dilatadas

E vai se entorpecendo, não ampare.
Os dois se amam, os dois se justificam,
Até que a morte em breve os separe

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Travessia part2

A saudade e a dor é tanta
Que eu já perdi a conta
Das frases que já pensei
Pra dizer quando te visse

A saudade é uma dor singular
Quanto mais fica distante
Mesmo com a morte latente
Mas ela tende a machucar

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Travessia part1

E sem pressa eu digo ao tempo
E ele não quer me ouvir
Chego a ouvir o vento e as ondas
E a maré a me seguir

Chove muito e a terra é fina
E é divino o teu olhar
Santa nave já está pronta
Um dia me disse aponta
E hoje me digo vá

Chega o frio e a insônia
Mais três dedos e um trago
Mais uma canção anônima
Que um amigo tirou do arco

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Santo Eu

Um simples assobio pode tirar a calma do homem que espera sua amada.
Um pequeno gesto brusco estremece os nervos do que não tem notícias.
Esta pelo mundo agora, ligados apenas pelo cordão do amor.
Cortando mares por pensamentos e terras por devaneios.
Um choro ingrato de um coração mal acolhido
E a forma frágil com que se comporta minha matéria
Denunciam as sequelas que você deixou em mim,
Que meu amor por você deixou em mim
O que sinto é gratidão, por me tornar mais humano
Me fazendo sofrer vi meu ser parte a parte
Despedaçado e desfeito
E minuciosa mente vi partes suas na minha composição.
Se para mim tu és forma Santa
Há Santo também em mim feito.

                                                                             Marlon Fernandes