domingo, 30 de novembro de 2008

Noir



quando ví, achei Noir, intocável
peça rara, de preço inestimável
com estilos e formas
lapidadas por artistas
como um soneto
uma poesia parnasiana.

será raro ou faz tipo?
pergunta meu instinto
aguçado pelo original
sem distingüir a razão
sem despencar amoral

sei da tua ânsia
já fui jovem, criança
o desejo de brilhar
para encantar
já dominou minha sensatez

passei por cima da razão
disvirginei um coração
que de tão menina
só amava a ilusão
e vivi a saga de fazer paixão

fui dama, donzela, meretriz
tudo que meu destino quis
seduzí, alucinei e saí
como saem as amantes de Paris
afundei marinheiros e petroleiros

porque viver de amor não vivi
queria o novo
o audaz
o intrépido
o feroz
a esse me dei
e estou condenada
a ser FELIZ.

sim todos os dias ensaio para ser atriz!

SRa. Mariléia RÉGIS